quinta-feira, março 31, 2005

Lucidez

Aconselho este

http://thomazcunhal.blogspot.com/

Vivamente.

Socateiro

Ufano, qual príncipe, regressou da terra prometida.
Vinha com ares de competência, de quem cumpriu uma epopeia.
Dava-se conta das orelhas, em leque, ventilarem mais do que o normal. E da bigodaça, mais espessa (o calor, o suor têm efeitos nefastos) lhe dificultar, ainda mais, a já muita incapacidade para dizer mais do que “hum, hum”.
Ninguém o segura.
Anda convencido que devolveu o ninho à águia, que é obreiro de algum feito.
Será que ninguém lhe mostra que os vermelhos não fizeram, na corrente temporada, nada de melhor do que a mediocridade das anteriores?
Que não vê frangalho em que o “glorioso” se transforma a cada dia?
Será que não vislumbra que foram outros, mais a Norte, mais Nobres, normalmente mais capazes, que desceram do Olímpo para darem uma “abébia”?Será que ninguém mostra a Luís Filipe Vieira que, como vendedor de pneus e artista do imobiliário, o melhor que pode aspirar é socateiro?

Maioria silenciosa

Nunca gostei dos silêncios. Das maiorias ou das minorias. Por maioria de razão, temo mais as primeiras. Pelo maior poder que têm
O aparente estado de modorra em que caiu o nosso governo, para alguns denotador de prudência, cheira-me a manobras subterrâneas.
Já repararam no cuidado que colocam nas palavras, nos actos, até na gravatinhas. Tudo afinadinho pelo mesmo diapasão.
O modo como o Código da Estrada (esse atentado ao pudor e à carteira) entrou em vigor é sintomático. Publicam-se uma mão cheia de portarias regulamentadoras (em férias judiciais, quando anda tudo distraído), faz-se de conta que o papel resolve as questões estruturais, culturais e zás, em vigor com ele. E centenas de autos logo a abrir a contenda, que o défice agradece.
Ou muito me engano ou a postura vai ser esta. Toma lá pela calada, que nem sentes. Género “é bom não foi?”Malditas maiorias

Vizinhança

É, detesto vizinhos
Nunca tive sorte.
Anseio o dia em que quatro paredes minhas não toquem nas de mais ninguém.
Agora, premindo em next blog sai-me um cromo de Dallas.
Mais um texano
Já não chega o Bush? Esse índio de texanas...

Saudades

Hoje, pelas 18,30 h, voltaremos a ter o privilégio de ver em acção aquele triângulo fantástico(Costinha, Maniche e Deco), que a teimosia de Scolari só viu depois da abertura do Europeu. Assessorados por Paulo Ferreira (se houver justiça), Nuno Valente (se exisitir coerência), Ricardo Carvalho (se Scolari tiver um pingo de vergonha). À, saudade de um FC Porto que, tão cedo, não vai ser o que foi. Só falta o Baía. Mas esse só lá estaria se Scolari fosse competente.

quarta-feira, março 30, 2005

Lou

Lou Reed, 14 de Abril, Porto
Abertura da Casa da Música.
Dois bilhetes na mão.
Estará a sorte a mudar?

Diferenças

Todos os dias sou obrigado a mendigar licença para entrar numa rua do Porto onde, pelas leis estradais (mas não as do bom senso), tenho prioridade de circulação.
E quase sempre o faço "à força" tal o fluxo de trânsito que me impede a leviandade de querer seguir caminho.
Porém, sempre que o faço (ou simplesmente tento), sou mal tratado, por condutores desatentos, mais afoitos no mimo dos insultos do que em compreender quer o estado de necessidade quer, sobretudo, de prioridade deste transeunto. Poucos foram os que até hoje pararam.
Hoje a violação do meu direito teve autor diferente.
Francês, desconhecedor das ruas portuenses, entrou e, já a meio do entroncamento, reparou na razão que me assistia.
Impedido de recuar, já por um outro (esse sim, Português) que, enfurecido, descarregava a bilis no que a buzina tinha para dar, pediu desculpa e avançou.
Desculpa que repetiu, 100 metros adiante, quando nos detivémos no semáforo vermelho.
Desculpa acompanhada de uma explicação: "Je ne connais pas Porto".
Pois... as diferenças começam aqui.

quinta-feira, março 24, 2005

Retemperar

Quatro dias de letargia para retemperar.
Prometo volta mais crítica do que nunca.
Uma boa Páscoa a todos

quarta-feira, março 23, 2005

Para quê jogar?

Cheira já, de facto, a campeão.
Só com uma marcha à ré violenta, ao ante-naufrágio do estado novo, podemos encontrar tão miserável concertação para levar ao Benfica ao título.
Esse inolvidável anestésico popular.
Chega a repugnar a forma ardilosa como tudo é construído. Sem decoro. Sem resguardo. À descarada.
Continuar a jogar para quê?
É dar-lhes a bicileta.
Estou ansioso por voltar a ver o Vieira aos pulos, em cuecas de feira, no balneário da águia.
Aquilo sim, é Portugal.
Um Portugal besuntado, a cheirar a sardinhas e coiratos.
Um Portugal porco, de mão estendida, que prefere não ter o trabalho de conseguir pelo mérito o que consegue adquirir à força da navalha.

terça-feira, março 22, 2005

Anti stress

Há dias em que a única coisa que apetece fazer é:

http://www.starterupsteve.com/swf/pop.html

Ainda o aborto

Assusta-me a ausência de democraticidade que o PCP evidencia. Mas com a boca sempre cheia do contrário
Apanha uma maioria dita de esquerda no parlamento e, à revelia dos destinatários, quer fazer aprovar uma lei que despenalize o aborto. Assim, sem mais, fazendo tábua raza de uma consulta popular que até nem tem assim tantos anos e que, recorde-se, chumbou o "sim".
E com ares de vigem ofendida, ainda se manda como gato ao bofe ao Bloco de Esquerda, quando este insiste na necessidade de realização da consulta popular.
Cada vez me convenço mais que "Abril" só nasceu, de facto, a 25 de Novembro de 1975.

segunda-feira, março 21, 2005

E agora?

2-0.
Sem sermos roubados.
Sem a desculpa do Diego a parar o jogo e do Postiga a não fazer nada.
Só com a eterna estupidez do Mc Carthy e a falta de estilo de jogo do Couceiro (ou melhor, o novo estilo de 1-4-6 (Baís na baliza e quatro defesas a atirar a bola para seis homens que estão à frente deles).
Dói, sobretudo aos contatar-se a fragilidade do Sporting, que fica a dever jogo ao Rio Ave...
Acho melhor entregar de vez as chuteiras e começar a preparar o ano que vem.
Definitivamente sem: Postiga, Fabiano, Pepe, Areias, Leandro, Diego, Leo Lima, Hugo Leal, Marco Ferreira, César Peixoto.
De futebol chega, por esta época.
Falemos de hóquei

Férias judiciais

Debate do programa do Governo
Saúda-se a, por ora mera intenção, de reduzir as férias judicias de 2 para 1 mês.
Supostamente, aquele tempo que deveria ser usado por magistrados (judiciais e M.P.) e funcionários para pôr o trabalho em dia é, de facto, na maioria dos casos (há sempre excepções) usado para ampliar as férias. O dolce fare niente.
A questão é saber como irão reagir as altas instâncias judicias, corporativistas, cheias de poder, pouco habituadas a quem bule com elas.
Cheira-me que em pouco tempo surge aí um escândalo com um Ministro de Sócrates. Uma investigaçãozinha que estava esquecida numa gaveta do MP. A ver vamos
Para já, o grande aplauso ao PM.
É assim que se mudam as coisas: afrontando o poder.

domingo, março 20, 2005

O crítico

20 de Março de 2005.
Acabei de ser parido das entranhas de uma alma crítica.
Que se recusa a ser isenta, amorfa, desatenta, inamovível, inflexível.
Vamos a ver no que dá.